quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Acne em mulheres adultas: Por que ela aparece e como eliminá-la

Dermatologista aponta as causas e as possibilidades de tratamento para acabar definitivamente com cravos e espinhas que teimam em aparecer.

Cravos e espinhas são um pesadelo recorrente da adolescência, mas assombram também muita gente que já passou da puberdade. Se nos mais jovens ela é causada pelo aumento da produção de hormônios relacionados com o desenvolvimento, a acne na idade adulta é mais frequente entre quem tem a pele oleosa e predisposição genética.
De acordo com a dermatologista Denise Steiner o problema pode estar associado a um distúrbio hormonal, como a síndrome dos ovários policísticos ou com o excesso de preocupação. "Picos de estresse e ansiedade fazem o corpo aumentar a produção do hormônio cortisol, o que pode desencadear o aparecimento de acne", esclarece Denise.

COMO TRATAR
O primeiro passo para tratar a acne em mulheres adultas é conhecer a origem do problema, por isso é fundamental consultar um médico. De acordo com Denise "se a acne estiver ligada a alterações hormonais, medicamentos convencionais como antibióticos e retinoídes vão oferecer uma melhora na aparência da pele, porém a solução não será definitiva, uma vez que esses medicamentos não corrigem o desequilíbrio que está causando a acne: o ideal é aliá-los com o tratamento especializado".
A dermatologista acrescenta que casos de acne mais grave ou persistente uma solução eficiente são os tratamentos com espironolactona, um diurético que inibe a ação de hormônios masculinos, ou com isotretinoína. Ambos medicamentos tem efeitos colaterais e podem ser usados apenas sob recomendação de um especialista e com o acompanhamento adequado.
Considerando que a acne pode ser um problema hormonal, muitas mulheres apostam no uso de anticoncepcional para manter a pele livre das espinhas. "É uma medida eficiente, porém apenas enquanto você tomar a pílula. Se você optar por deixá-la no futuro, o problema pode reaparecer", alerta a médica, e acrescenta que não são todos os anticoncepcionais que funcionam bem para esse fim. "É importante que seja um anticoncepcional com antiandrogênico, ou a acne pode até piorar."

MUDANÇA NOS HÁBITOS
Por muito tempo se discutiu se o chocolate era culpado ou não no aparecimento das espinhas. Denise diz que hoje estudos já comprovam que certos alimentos de fato podem desencadear ou piorar a acne se consumidos por pessoas com predisposição. "São alimentos com alto índice glicêmico, como carboidratos e doces. O consumo de leite e derivados também deve ser observado, pois a proteína do leite facilita a produção de hormônios que podem piorar a situação." A boa notícia é que alguns alimentos possuem um potencial anti-inflamatório e podem ajudar no tratamento da acne. Denise recomenda folhas verdes, frutas, carotenos, nozes e peixes.
Manter a pele limpa e usar maquiagem e protetor solar adequados para a pele acneíca também são medidas essenciais para evitar que o problema se agrave. "E jamais esprema as espinhas, por mais irresistível que seja, pois você pode machucar a pele, deixar a espinha mais inflamada e ainda espalhar mais bactérias pela região", acrescenta. "Conte com uma esteticista para remover cravos e espinhas e em casa faça apenas esfoliação regularmente, para eliminar as células mortas da superfície da pele."
Máscaras caseiras como de argila verde, iogurte ou mel funcionam apenas de maneira superficial, não melhorando de fato a pele. Denise faz um alerta sobre truques caseiros para espinhas inflamadas, como compressa com aspirina. “De fato o efeito anti-inflamatório acontecerá, mas esses produtos podem entupir ainda mais os poros da região ou irritar a pele. Na solução de um problema urgente, acaba acontecendo uma piora do quadro todo.” A solução é investir em secativos que podem ser facilmente encontrados nas farmácias. A especialista ressalta ainda que o sol, em pequenas quantidades, pode ajudar no combate. Mas atenção: a longa exposição leva a um excesso de estímulo na glândula sebácea, aumentando a oleosidade e resultando em uma piora.
A matéria completa da Marie Claire está aqui.
 

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