sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Clínicas de depilação dão às clientes opção de levar cera usada para casa


Para empresas, alternativa garante que material não será reutilizado.  Dermatologista destaca que carregar lixo "não faz nenhum sentido".

Luna D'Alama do G1 em São Paulo
Território Jovem em Sorocaba abre vagas para curso de depilação (Foto: G1)Clínicas em SP e no Rio oferecem cera usada às
mulheres após as sessões de depilação  (Foto: G1)
Clínicas de depilação do Rio de Janeiro e de São Paulo têm oferecido às clientes a opção de levar para casa a cera usada durante as sessões, como uma forma de as mulheres terem certeza de que esse material não será reutilizado em outra pessoa e possa causar alguma contaminação.
Segundo Paula Gomes, gerente da Depillah, que tem unidades na Barra da Tijuca e no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste carioca, cerca de 20% das clientes atendidas preferem descartar a cera de mel de abelha por conta própria.
"Também há a opção de jogar o produto fora ainda na loja, em uma lixeira específica. Depois disso, temos uma empresa terceirizada que leva tudo embora", diz.
Na opinião da dermatologista Denise Steiner, presidente eleita da Sociedade Brasileira de Dermatologia, para o mandato 2013-2014, não faz nenhum sentido a cliente levar um lixo para casa, o que aumenta o tempo de contato e exposição.
"Não tem nexo, estão transferindo a responsabilidade, que é da empresa. É como falar no consultório: 'Leve para casa esta agulha que usei em você, para ter certeza de que não será reaproveitada em ninguém'", diz.
A médica destaca, porém, que o nível de contaminação da cera não se compara ao de uma agulha ou de uma gaze com sangue, mas ela também contém secreções. Isso porque, quando o pelo é puxado, são provocadas microlesões que podem levar a pequenos sangramentos, principalmente se a pessoa tiver uma pele mais fina e sensível.
"Se aquilo for imediatamente para um lixo, manipulado por alguém, e essa pessoa tiver algum machucado nos dedos e mantiver um tempo de exposição prolongado, pode haver contaminação. Porém, quanto mais tempo passa e a secreção seca, os micro-organismos ali morrem e o risco diminui", explica Denise.
No caso de profissionais que atuam na limpeza urbana, a dermatologista lembra que eles costumam usar luvas e ficar mais protegidos.
Riscos e alternativas
Entre as doenças que podem ser transmitidas ao reutilizar uma cera de depilação, estão o vírus da hepatite, do papiloma vírus humano (HPV) – que causa verrugas nos genitais –, micoses e infecções bacterianas como impetigo, que dá uma ferida, dói, coça e pode virar uma úlcera.
Na opinião da dermatologista, essa não é a melhor opção de depilação, principalmente para quem tem tendência a pelos encravados.
"Como você arranca o pelo pela raiz, lá de baixo, até ele chegar à superfície de novo acaba sendo barrado por resíduos da própria pele, como sebo e queratina, que entopem canais chamados folículos e aumentam o tamanho deles", diz.
Segundo Denise, a lâmina de barbear, por exemplo, faz com que o pelo cresça mais rapidamente, pois não atinge a raiz, mas também não provoca tanto encravamento. Para as fãs de cera, que não querem abandonar a técnica nem a comodidade de ficarem depiladas por até 20 dias, a médica recomenda apenas a região das pernas.
"Axila e virilha, como são áreas de dobras e tem glândulas sebáceas maiores, podem fazer com que os encravamentos virem abcessos e infecções", aponta. Além disso, pelo fato de a cera esquentar a pele, dilatar os vasos e aumentar a sensibilidade, Denise considera a opção fria melhor.
"Se a pessoa puder escolher, sem levar em conta a questão do custo, a depilação a laser é o ideal, porque enfraquece o pelo e as chances de problemas", afirma.
Descarte de cera e recomendações 
Não há nenhuma legislação especial no Brasil que considere a cera de mel de abelha um resíduo sólido especial, infectante ou de saúde.
Segundo a Secretaria de Serviços da Prefeitura de São Paulo, esse material pode ser descartado junto com o lixo domiciliar, de preferência embalado e envolvido em algum papel ou papelão, para separá-lo dos demais itens.
E, antes de fazer a depilação, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda alguns cuidados, como:
- Não realizar o procedimento quando houver lesões na pele
- Usar sempre ceras quentes descartáveis e individuais
- Empregar espátulas de material liso, lavável e impermeável, ou descartáveis


terça-feira, 4 de setembro de 2012

Novo conceito em hidratação Skinboosters revitalizam as camadas mais profundas da pele, deixando-a mais brilhante e viçosa


Seja no frio ou no verão, hidratar a pele é um cuidado importante, recomendado por dez entre dez dermatologistas. Um novo conceito em hidratação tem chamado a atenção, por sua capacidade de atuar nas camadas mais profundas da pele, deixando-a mais jovem e saudável. Os skinboosters foram apresentados com destaque nos mais recentes congressos internacionais de Dermatologia e estão disponíveis no Brasil.

A dermatologista Tatiana Steiner, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e do Colégio Ibero Latino Americano de Dermatologia, explica: “Trata-se de novo conceito de hidratação profunda, feita diretamente pelo médico. É uma maneira eficaz de manter a pele sempre bem cuidada, prevenindo a necessidade de alguns tratamentos mais invasivos e agressivos.”

Os skinboosters atuam na formação de um reservatório hídrico de longa duração na derme, propiciando não só uma hidratação profunda, como também uma melhor elasticidade e estímulo à síntese de colágeno.

Os skinboosters utilizam uma tecnologia especial para estabilização do ácido hialurônico muito semelhante ao produzido pelo corpo humano. Em sua forma natural encontrada no organismo, o ácido hialurônico, que ajuda a manter a pele lisa e elástica, dura somente alguns dias. A estabilização com a tecnologia dos skinboosters ajuda a fazer com que os resultados sejam mais duradouros, embora não definitivos. “No processo do envelhecimento, há diminuição da produção de ácido hialurônico, que é um dos responsáveis por manter o equilíbrio da água na pele. Assim, a aplicação desta substância irá auxiliar na manutenção e melhora da qualidade e viço cutâneo”, explica Tatiana, médica colaboradora do Serviço de Cirurgia Dermatológica na Universidade de Mogi das Cruzes.

As partículas do skinboosters são pequenas e agem para hidratar, prevenir e amenizar pequenas linhas de expressão. O tratamento inclui três aplicações do produto, num intervalo de 3 a 4 semanas, feitas com microcânulas nas camadas profundas da pele, em áreas como rosto, pescoço, colo e dorso das mãos. Além de promover o rejuvenescimento, o produto pode ser indicado para ajudar na correção de cicatrizes de acne e associado a outros procedimentos, como peeling ou laser. “A indicação deve ser feita pelo dermatologista, que saberá avaliar cada caso individualmente”, diz a médica, diretora técnica da DSkin Laser e Novas Tecnologias, de São Paulo.