sexta-feira, 19 de julho de 2013

Acne: afinal, de onde ela vem?

Se você ainda é jovem e está sofrendo para livrar-se da acne de uma vez por todas, acalme-se. A acne realmente é um problema que, muitas vezes, exige diversos cuidados ao mesmo tempo para o controle adequado da doença.
Se você já passou da fase da adolescência e ainda enfrenta problemas com acne e cicatrizes, saiba que não é a única. A acne é considerada uma dermatose crônica e não mais limitada à adolescência, seja por causas hormonais com produção excessiva de hormônios, ou por fatores ambientais como dieta rica em carboidratos, stress, entre outros. Assim, seu curso, por ser prolongado, com tendência a recidivas, pode provocar em alguns casos, a formação de cicatrizes.
A acne se caracteriza por lesões inflamatórias principalmente na face, mas podem afetar também, os ombros, costas e tronco, áreas com maior concentração de glândulas sebáceas.
Por que é difícil tratar a acne?
A acne é considerada uma doença multifatorial, ou seja, pode ter diferentes causas:
Fatores genéticos: É uma doença hereditária. Não é possível prever quais membros de uma família irão herdá-la, mas a hereditariedade tem um papel importante em relação ao tamanho e atividade da glândula sebácea, que é a estrutura-alvo na acne.
Hiperqueratinização folicular: Este termo está ligado à descamação natural da pele. Na acne, as células da pele conhecidas como queratinócitos descamam como se fossem grupos compactados e se acumulam no folículo sebáceo. Nos folículos normais, estas células descamam individualmente e são excretadas.
Ação bacteriana: O propionibacterium acnes é uma bactéria presente na pele normal e é o principal componente da flora do folículo pilosebáceo. A lesão inicial da acne é o microcomedão, invisível a olho nu. Com o acúmulo de lipídeos e resíduos celulares, forma-se a lesão aparente, isto é, o comedão, popularmente conhecido como cravo, aberto ou fechado. Se ocorrer proliferação da bactéria p.acnes, há inflamação e pode ocorrer a formação de lesões inflamatórias da acne.
Fatores Hormonais: Quando chega a puberdade, a produção dos hormônios sexuais masculinos e femininos aumenta. Os hormônios influenciam a secreção da glândula sebácea (testosterona como estrógeno), gerando uma quantidade muito maior de sebo – o que faz a pele ficar bem mais oleosa. O sebo é produzido pela glândula sebácea, que faz parte do folículo piloso, e eliminado para a superfície da pele. Quando há excesso de sebo, porém, ele se acumula e em muitos casos obstrui a saída natural do sebo e das células mortas. Esta obstrução pode ser o início das lesões de acne.
Outros fatores: Um estudo sugere que a ansiedade e a raiva são fatores significativos para os pacientes com acne grave. Pelo estresse, pode ocorrer aumento da seborreia e essa oleosidade pode piorar o quadro. Então, em alguns casos, até o acompanhamento psicoterapêutico é interessante para complementar o tratamento.

Alimentação: ao contrário do que se pensava até há alguns anos atrás, a influência da ingestão de determinados alimentos na piora dos quadros de acne tem sido cada vez mais constatada. Estudos recentes fazem referência e relacionam a dieta ao aparecimento da acne, indicando, por exemplo, que o consumo excessivo de laticínios, carboidratos e de alimentos com alto índice glicêmico podem aumentar o risco de acne. A associação da acne a outros alimentos, como chocolate e sal tiveram estudos inconclusivos.

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