segunda-feira, 10 de agosto de 2015

O BRILHO DA GRAVIDEZ


A gravidez é um momento único e muito especial para as mulheres. Ao mesmo tempo, é uma fase de muitas dúvidas e questionamentos quanto aos cuidados com a pele e os cabelos. É comum a mulher ficar insegura sobre a continuidade de algum tratamento, cremes que pode ou não usar e tudo que deve ser evitado neste período.
É importante seguir cuidadosamente as orientações dos médicos ginecologista e dermatologista para ficar segura e confiante. Assim seguem algumas recomendações relacionadas ao uso de produtos tópicos na gravidez.

Alguns produtos cosméticos podem irritar ou mesmo causar danos ao feto. O ideal é, assim que souber que está grávida, conversar com seu dermatologista e obstetra para saber o que ainda é permitido neste período.
A avaliação do risco de substâncias e cremes cosméticos em gestantes envolve inúmeros fatores, como: período do ciclo gravídico, dose, veículo, tempo de uso.

Há uma classificação, definida pelo FDA, que classifica o risco potencial para embrião ou feto, em categorias de risco, e que permite um esclarecimento para uso destas substâncias:
              A – estudos controlados – não apresentam riscos.
             B – sem evidência de riscos em humanos
             C – o risco não pode ser afastado – faltam estudos adequados
             D – evidência de risco
            E – contra indicado na gravidez

Assim, seguem algumas recomendações relacionadas ao uso de produtos tópicos na gravidez:
ANTIOXIDANTES:

A maioria dos cremes antioxidantes nutritivos são recomendados e estimulados.
Assim, susbstâncias como: Vitamina C, Vitamina E, Niacinamida, Coenzima Q10, Ácido alfa-lipoico, Polifenois de chá verde, estão entre as substâncias permitidas. Cremes com Vitamina C, além do efeito antioxidante, também tem ação clareadora e previnem as possíveis manchas gravídicas.

CLAREADORES:
Substâncias que devem ser evitadas.  A maioria como Hidroquinona, Ácido Kógico, Mequinol e Arbutin é Categoria C.

O Ácido Azelaico é categoria B e deve ser usado nas concentrações de 15 a 20%, apenas quando necessário. Ele tem ação despigmentante e também antimicrobiana. Acaba sendo boa opção anti-inflamatória para acne e pigmentação durante a gestação.

TENSORES:
Cremes que previnem a contração muscular excessiva e formação de rugas de expressão. Não há estudos que comprovem o seu uso na gestação. Exemplos: Argireline, Deepaline,  Myoxinol.

SECATIVOS:
Não é recomendado uso de ácido salicílico neste período.

RETINOIDES:
Retinoides e seus derivados (retinol e retinaldeído) são Categoria C e proibidos durante a gravidez.

FILTRO SOLAR: Filtros são permitidos e devem ser usados diariamente.

O QUE FAZER EM CASO DE ESPINHAS?

Caso a  gestante tenha espinhas no primeiro trimestre de gestação, é importante consultar o dermatologista antes de sair comprando cremes para o rosto por conta própria. Cremes à base de ácido salicílico, normalmente recomendados para tratar as espinhas, não são indicados na gravidez, pois estudos indicam que pode levar a anomalias no feto e diversas complicações na gravidez. A única substância categoria B é o acido azeláico.
Os tratamentos estéticos como peelings, laser e massagens modeladoras também devem ser discutidos ser discutidos com seu médico.
CABELOS:
O uso de produtos químicos nos cabelos durante a gestação é uma dúvida frequente, principalmente com relação à segurança do feto.

Nos três primeiros meses, qualquer tipo de tintura, clareamento ou reflexo está proibido. Além da amônia e do iodo, estes produtos costumam conter metais pesados como chumbo. Alisamentos, escovas progressivas ou inteligentes (de chocolate e outros nomes), relaxamentos e hidratações que contenham formol, mesmo que fosse na quantidade permitida pela Vigilância Sanitária, também estão totalmente proibidos.

Nem mesmo a henna é permitida, pois nem todos os produtos são de boa qualidade e podem oferecer riscos à saúde.
Há estudos que defendem que o uso de substâncias químicas, como o glutaraldeído e até a carbocisteína usadas em produtos com a finalidade de alisamento, podem alterar o DNA das células, aumentando o risco do desenvolvimento de câncer.

Mesmo após os 3 primeiros meses, o ideal é que grávidas evitem o procedimento de alisamento e de tinturas, pois são utilizados produtos químicos que podem afetar a saúde da mãe e do bebê.

A liberação para realização de reflexo e alisamento deve ser realizada pelo ginecologista.
CORPO:

Hidratantes são recomendados e devem ser utilizados. A indicação é feita pelo dermatologista ou obstetra, pois são especiais para gestantes. Produtos muito concentrados não são recomendados para as grávidas.

O único procedimento permitido nesta fase é a drenagem linfática e, mesmo assim, só deve ser feita com permissão do obstetra.

UNHAS:
Geralmente, fazer as unhas não traz riscos durante a gravidez, desde que a frequência não seja exagerada e que as unhas fiquem sem esmalte por alguns dias antes de esmaltá-las novamente. 

Existem poucos indícios de que as substâncias químicas usadas em esmaltes e removedores como a acetona e o tolueno, possam trazer algum mal ao feto. Mas o ideal é que a exposição a esses produtos seja a mínima possível.

A acetona não traz risco para a mulher grávida desde que não seja inalada diretamente ou não fique exposta muito tempo em lugares com cheiro forte de acetona. Prefira os removedores com óleo, que ajudam a manter a água na parte interna das unhas. É importante ainda manter as unhas sempre hidratadas para evitar o ressecamento e também a quebra.

Como em gravidez cautela nunca é demais, tente fazer as unhas em um intervalo maior (a cada 15 dias, por exemplo), e escolha um salão que seja bem ventilado para evitar de respirar vapores fortes dos esmaltes, acetonas e de outros produtos químicos usados no local. Certifique-se também de que os alicates e tesourinhas utilizados são devidamente esterilizados ou, melhor ainda, melhor usar o próprio kit.

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